Luis Jorge e a tela em branco
Luis Jorge olhava para a tela em branco. "Agora sai um negócio novo, todo mundo vai comentar. Quero ver o que o Julio vai dizer."
Digitou uma frase. Parou, leu, apagou. "É sempre assim. Demoro para começar, mas depois vai tudo de uma vez. Técnica é o caralho."
Pegou um charuto e deu duas baforadas, embora estivesse apagado. Colocou de volta no cinzeiro, deu uma golada no copo de água gelada e recomeçou. "Essa vai direto pro Júlio", pensava, enquanto escrevia, rescrevia, apagava, cortava, aumentava o primeiro parágrafo da história. Depois, delineou o perfil psicológico dos personagens, como gostava de dizer em entrevistas - "os personagens têm vida própria" -, os trocou de ordem para ficarem mais equilibrados e entrou em um site sobre livros na internet.
Após meia hora lendo sobre livros alheios, voltou à página com alguns parágrafos. Passou os olhos rapidamente pela tela, apertou control e T e apagou tudo que estava escrito. "O que Júlio ia pensar de uma besteira dessas?"
Digitou uma frase. Parou, leu, apagou. "É sempre assim. Demoro para começar, mas depois vai tudo de uma vez. Técnica é o caralho."
Pegou um charuto e deu duas baforadas, embora estivesse apagado. Colocou de volta no cinzeiro, deu uma golada no copo de água gelada e recomeçou. "Essa vai direto pro Júlio", pensava, enquanto escrevia, rescrevia, apagava, cortava, aumentava o primeiro parágrafo da história. Depois, delineou o perfil psicológico dos personagens, como gostava de dizer em entrevistas - "os personagens têm vida própria" -, os trocou de ordem para ficarem mais equilibrados e entrou em um site sobre livros na internet.
Após meia hora lendo sobre livros alheios, voltou à página com alguns parágrafos. Passou os olhos rapidamente pela tela, apertou control e T e apagou tudo que estava escrito. "O que Júlio ia pensar de uma besteira dessas?"
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